Educação Sexual
Educação sexual
Tema: Actividades e idades
Mais factos sobre Bibliografia Recomendada em “Educação Sexual em Meio Escolar - Linhas Orientadoras”
Quando o Ministério da Educação recomenda manuais e lhes exalta o carácter pedagógico e adequado, será de esperar que os conteúdos e as actividades sugeridas estejam sincronizados com as idades a que se destinam.Vamos aqui mostrar que, afinal, também em relação a este tema os pais não podem estar descansados:
Certamente conhece crianças com 10-11 anos... Se não forem os seus filhos, serão sobrinhos, filhos dos seus amigos, etc... Imagine fazer as seguintes actividades com alguns deles.
Mas cuidado! Não experimente!
Todas as citações são do livro “Para me conhecer. Para te conhecer”, editado pela APF (Associação para o Planeamento da Família) e recomendado na página 123 das Linhas Orientadoras nos seguintes termos «A obra constitui (…) um bom recurso para professores e outros profissionais».
Na página 134 é proposta uma actividade onde as crianças têm que descrever de forma delicada e indelicada, as seguintes situações:
- Queres descrever as partes sexuais de um homem
- Queres descrever as partes sexuais de uma mulher
- Queres descrever uma actividade sexual
Já na página 182, num capítulo intitulado “Que tem o amor a ver com isto?” vem: “As pessoas têm relações sexuais por muitas razões. Vê se consegues acrescentar algumas ao nosso brainstorm: - Prazer - Poder - Dor - Para ter filhos - Para se sentirem bem consigo próprias - Para impressionar os outros - Por pressão dos amigos - Por pressão social - Curiosidade - Normas culturais - Pressão dos meios de comunicação social - Concretização de fantasias - Como expressão de amor”
Será que as nossas crianças de 10-11 anos deverão aprender na escola que uma das razões por que as pessoas têm relações sexuais é a DOR? Já agora... Será que existe alguma idade em que se deva aprender isto na escola?
Veja ainda esta actividade (páginas 220 e 225): Colocam-se duas folhas de papel em extremos opostos duma sala, onde numa se lê “Verdadeiro” e na outra “Falso”. O professor chama a atenção para uma linha imaginária que vai de um extremo ao outro. O professor lê em voz alta uma frase. É pedido às crianças que se coloquem num ponto da linha, de acordo com o que elas pensam sobre a frase: se é verdadeira ou falsa. O professor salienta que elas não têm que se colocar num extremo ou noutro. Podem ficar algures no meio.
Eis algumas das frases que o professor lê:
- A masturbação pode ser prejudicial para ti
- Os homens estão mais interessados na actividade sexual do que as mulheres
- Não há nada de errado em interessarmo-nos por alguém do mesmo sexo
- A quantidade de fluido produzido durante a actividade sexual é muito reduzida
Acha que estas questões estão adequadas para crianças de 10-11 anos? Mais, sabia que de acordo com as Linhas Orientadoras do ME, um professor não deve atribuir certos e errados nestas matérias? Isto não é educar para a sexualidade, mas sim promover a promiscuidade! Mostramos-lhe ainda algumas áreas que o livro considera que o professor poderá desejar abranger, sugeridas no Glossário (págs 232 e 233):
“Preliminares” - “É uma palavra normalmente utilizada para descrever a actividade sexual anterior à penetração. Pode envolver beijar, lamber e tocar partes do corpo, de forma a excitar sexualmente o companheiro. (...)”
“Tamanho” - “O corpo de cada pessoa é individualizado. As pessoas preocupam-se com o tamanho e a forma. Por exemplo, nas mulheres o tamanho do peito é muitas vezes uma preocupação e os homens preocupam-se frequentemente com o tamanho do pénis e com terem ou não prepúcio. (...)”
Relembramos-lhe que este livro se destina a crianças no 1º e 2º ciclos. Estamos a falar de crianças entre os 6 e os 11 anos! Se calhar... até estamos a falar dos seus filhos...
Acabou de ver mais alguns exemplos do que o Ministério da Educação e a APF pretendem que seja a única proposta de Educação Sexual nas escolas. E ainda por cima, obrigatório! Depois de tudo isto, o leitor compare o que a APF tem escrito com aquilo que tem dito que defende.
- Concorda que a APF continue a ser o interlocutor privilegiado do Estado sobre sexualidade?
- Aceita que os seus filhos sejam educados por professores formados pela APF?
- Concorda que o Ministério da Educação recomende esta bibliografia?
- Acha que a CONFAP deve continuar a apoiar a APF, através de vários protocolos celebrados com esta associação?
- Concorda que a APF tenha o estatuto de “entidade de interesse público”?
Caso não concorde, divulgue esta apresentação e ajude milhares de pais a lutar pelo seu direito inalienável de educar os seus filhos, contra a hegemonia da APF, fortemente apoiada pelos Ministérios da Educação e da Saúde, e da CONFAP, órgão de cúpula das Associações de Pais.
Assine a petição do MOVE (Movimento de Pais)
9 Comments:
Olá Matos.
Só hoje descobri este teu texto sobre Educação Sexual. É um tema que já abordei, diversas vezes e de forma cáustica, no meu Terras de Azurara.
Gostei porque partilho das tuas preocupações. Será isto Educação Sexual? Será isto algum tipo de EDUXAÇÃO?
Do meu ponto de vista, não.
Isto só prova que somos controlados por uma elite "da esquerda bem pensante" apostada em dissolver os nossos valores morais.
É o reino, levado ao extremo, do "politicamente correcto".
É sintomático que ninguém tenha aqui posto um comentário. A "malta" dica incomodada. Parece mal não concordar com estas ideias "modernas", estás a ver?
Um abraço.
Realmente, estava um pouco triste e apreensivo, pelo facto de ninguêm ter dito nada sobre isto.
Será que estes valores morais e familiares, já não interessam a ninguêm?...
Deve ser apenas da fraca afluência de "público".
Um obrigado ao Azurara por ter aparecido!
Estou chocada. Não posso acreditar. Parece que o ME pertende que os pais retirem os filhos das escolas públicas. Talvez seja uma forma de reduzir as despesas....
Uma amiga,
Boas, quando era puto, 10 ou 11 anos até podia achar graça a esta coisa, mas agora 20 e tal anos depois, na.. é mesmo muito grave, estou mesmo a pensar em sugerir a suas inteligências do ministério da educação que ponham os filhos e filhas deles nestas aulas.
Seria uma batalha maior que a politica do momento
Sejam bem vindos MB e SOFMAN, esta questão é realmente grave.
Obrigado pela vossa visita e já agora... Porque não entram para o mundo bloguista?
Beijos e Abraços.
CMatos
Reconheço-lhe o direito a uma opinião divergente, mas no mínimo fico preplexo com as suas afirmações.
De facto, toda a sua admiração me leva a crer que para si as questões sobre a educção sexual deveriam premanecer guardadas até ... sabe-se lá ... cada um descobrir.
Pois fique sabendo que não devem existir tabus relativamente a estas ou a outras questões.
Pensando melhor, não deveria o Ministério da Educação Educar primeiro os Pais dos alunos?
Caro Jose, não sou de forma nenhuma contra a educação sexual nas escolas, o que me espanta e revolta é a maneira como querem (o ME) que ela seja dada/imposta e os seus conteúdos. Por exemplo nos livros e manuais sobre a matéria, fala-se em Pénis, Vagina, Coito, Penetração, Masturbação, carícias, Homossexualidade, Heterossexualidade, e até outros termos, vulgo calão, mas não há UMA ÚNICA referência a SIDA, HEPATITE ou outras doenças Sexualmente transmissíveis. Ou seja, ensinam-se os miúdos (crianças ainda) como se masturba, como se faz sexo, mas não como se proteger, ensina-se a ter/fazer sexo pelo sexo (se necessário com vários parceiros) mas não se forma de maneira a potenciar e valorizar a FAMÍLIA.
Isto não é educação (muito menos) sexual, mas sim o culto do sexo.
Para isto, eles não necessitam de ser educados, já TODOS o sabem.
Dizer a um filho, olha "fornicar" faz-se assim e assim, desta forma e daquela, e estás à vontade, podes fazê-lo onde, como e com quem quiseres que não se passa nada!
Isto é EDUCAR? Para mim definitivamente NÃO.
Pelo visto, há uma pequena falha no método de educação sexual ensinado em Portugal. O engraçado é que, aqui no Brasil se ensina tudo ao contrário. fala das doenças sexualmente transmissíveis (e de gravidez) mas não fala dos assuntos que são abordados no manual de educação sexual mostrado pelo seu blog, o que dá a impressão de que o sexo é uma atividade perigosa que só deve ser praticada com fins reprodutivos.
Isso também é errado, sugiro que esses manuais sejam revistos para corrigir imperfeições. De resto, até que achei esse tipo de abordagem interessante, pois melhor que saiba agora por bem, do que depois, por mal.
de resto, não creio que seja um incentivo à promiscuidade, pois não traz incentivos à atividade sexual, apenas explica o que é determinada coisa que, com certeza, muitos pais não saberiam nem quereriam responder.
Quanto a isso, repito: Melhor aprender na escola que na rua. E os manuais apresentados precisam falar das DSTs, da sida, mas manter uma abordagem totalmente imparcial.
Abraços do Brasil.
A sua falta de cultura educativa assusta-me, sinceramente.
Todos somos livres de ter e emitir opiniões, agora há limites e o drama puritano, não me parece um argumento inteligente.
Quanto mais souberemos e menos tabus existirem, mais protegidos estaremos e as crianças têm esse direito.
Não tenha medo do progresso...
Um abraço
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