«A Guerra»
«A Guerra» é o nome dado à série documental realizada pelo jornalista Joaquim Furtado sobre os 13 anos de conflito nas antigas colónias Portuguesas. Estava expectante. Já durante o Prós e Contras de ontem (2ª feira) que versava sobre o mesmo tema, e que me permitiu alguns esclarecimentos e aprendizagem sobre a matéria, tinha ficado com “água na boca” e hoje, apenas depois de visionado o 1º episódio, posso dizer que não tenciono perder nenhum dos 9 episódios (para já, dos 18 previstos na totalidade).
Para começar, e desde já aqui expresso um grande obrigado ao jornalista pelo facto de trazer à luz este tema e este período tão envolto em polémica e controvérsia, desta forma tão objectiva e clara colocando as opiniões e versões das duas partes, em confronto directo, apoiando-os em imagens e sons que muitos (quiçá) gostariam de ver caladas e ocultadas.
Este é um assunto que me toca em particular, já que alguns familiares meus e amigos da família nele estiveram directamente envolvidos, lutando contra os “turras” provocando-lhes mazelas e sequelas não só físicas mas sobretudo psicológicas, e viria anos mais tarde a provocar e a marcar mudanças radicais na minha vida pessoal.
Não sabendo muito sobre o tema, (apenas pequenos fragmentos de relatos mais ou menos concretos que vão ficando) é agora a oportunidade de saber e compreender o porquê das coisas, os acontecimentos que tudo despoletaram, quem foi culpado e do quê, e tentar compreender porque afinal morreram tantas almas a combater, a maioria sem saber porquê nem por quem!
Durante este episódio, não escondo que muitos sentimentos, alguns contraditórios, passaram pela minha mente, tal a frieza dos relatos e imagens, muitos(as) deles(as) chocantes. Mas a Guerra é mesmo assim.
Uma das coisas que ao fim de tantos anos consegui finalmente compreender é o porquê dos vários nomes que deram à “Guerra”, para uns a “Guerra Colonial”, para outros “Guerra do Ultramar” e ainda “Guerra de Libertação”. Outra é como tudo começou a 15 de Março de 61, como foram ignorados todos os indícios e avisos, (deliberadamente ou não ficaremos para sempre na dúvida), … nascido já com tudo aquilo em alvoroço, quase nos finais do conflito, apanhado em criança no meio de um turbilhão de acontecimentos, muita coisa ficou por esclarecer e descobrir… até hoje!
Venha o próximo episódio, e o próximo, e o próximo… pode ser que no final se possa dizer “às putas quem foram os coirões” no meio de tudo isto.
Esta excelente série será exibida pelo canal 1 da RTP, às terças no final do telejornal (21:00 horas) com duração aproximada de 1 hora por episódio.
Para quem não teve oportunidade de ver, veja a RTPN Sábado às 23:00 horas.
Para começar, e desde já aqui expresso um grande obrigado ao jornalista pelo facto de trazer à luz este tema e este período tão envolto em polémica e controvérsia, desta forma tão objectiva e clara colocando as opiniões e versões das duas partes, em confronto directo, apoiando-os em imagens e sons que muitos (quiçá) gostariam de ver caladas e ocultadas.
Este é um assunto que me toca em particular, já que alguns familiares meus e amigos da família nele estiveram directamente envolvidos, lutando contra os “turras” provocando-lhes mazelas e sequelas não só físicas mas sobretudo psicológicas, e viria anos mais tarde a provocar e a marcar mudanças radicais na minha vida pessoal.
Não sabendo muito sobre o tema, (apenas pequenos fragmentos de relatos mais ou menos concretos que vão ficando) é agora a oportunidade de saber e compreender o porquê das coisas, os acontecimentos que tudo despoletaram, quem foi culpado e do quê, e tentar compreender porque afinal morreram tantas almas a combater, a maioria sem saber porquê nem por quem!
Durante este episódio, não escondo que muitos sentimentos, alguns contraditórios, passaram pela minha mente, tal a frieza dos relatos e imagens, muitos(as) deles(as) chocantes. Mas a Guerra é mesmo assim.
Uma das coisas que ao fim de tantos anos consegui finalmente compreender é o porquê dos vários nomes que deram à “Guerra”, para uns a “Guerra Colonial”, para outros “Guerra do Ultramar” e ainda “Guerra de Libertação”. Outra é como tudo começou a 15 de Março de 61, como foram ignorados todos os indícios e avisos, (deliberadamente ou não ficaremos para sempre na dúvida), … nascido já com tudo aquilo em alvoroço, quase nos finais do conflito, apanhado em criança no meio de um turbilhão de acontecimentos, muita coisa ficou por esclarecer e descobrir… até hoje!
Venha o próximo episódio, e o próximo, e o próximo… pode ser que no final se possa dizer “às putas quem foram os coirões” no meio de tudo isto.
Esta excelente série será exibida pelo canal 1 da RTP, às terças no final do telejornal (21:00 horas) com duração aproximada de 1 hora por episódio.
Para quem não teve oportunidade de ver, veja a RTPN Sábado às 23:00 horas.
Etiquetas: Divulgação, Opinião
6 Comments:
Tambem estou expectante, espero que os passem tambem na RTPI, mas como ja e normal so passam esses programas passados algum tempo, e que nos portugueses no estrangeiro ainda nao somos de primeira!
Um abraco d'Algodres.
Quando terminou a 2.ª Guerra Mundial o mundo ficou em "Guerra Fria" e quer os EUA quer a Russia "estavam de olho" nas nossas Colónias ou Províncias Ultramarinas e pretendiam que ficassem sob a sua esfera de influência, por isso ainda que Portugal tivesse abandonado aqueles territórios, a guerra continuaria neles, tal como continuou até ao fim da "Guerra Fria".
No entanto, com quase todo o mundo contra nós, não seria possível manter indefenidamente a situação e melhor seria que o Antigo Regime Português tivesse reconhecido o facto e preparado a sua saída para que não fosse tão dramática como foi, a qual poderia ter sido ainda bem pior, se as independências se tivessem dado por via da derrota das tropas portuguesas: Aí os portugueses ficariam encurralados e seria de esperar-se um verdadeiro "banho de sangue", a língua portuguesa não seria mantida (obviamente) e as relações com esses novos países teriam ficado cortadas, como aconteceu com a Índia até ao 25 de Abril.
Os Portugueses poderão agora, se o desejarem, voltar a apostar nesses países, embora com uma postura não colonialista.
Zé da Burra o Alentejano
Escandaliza-me ver meros e reles criminosos de guerra, assassinos que massacraram indiscriminadamente homens, mulheres, velhos e crianças desarmados, serem tratados como "heróis da libertação".
Os da Bósnia e da croácia foram sujeitos a Tribunal criminal internacional. Os heróis angolanos, contudo, ainda acabarão por ser condecorados pela republica portuguesa por terem tido a coragem extrema de esventrar populações civis a esmo...
Matos
Confesso que o tema não pde ser esquecido nem desvirtuado, mas o programa passou-me ao lado.
Estive dedicado à leitura.
Abraço
Algo muito interessante!
Obrigado!
Beijinhos*
visitem
tiamikas.blogspot.com
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