Dia da mulher… [1 de 3]
Foi precisamente neste dia que 5 aventureiros decidiram fazer mais uma caminhada pela Estrela. Desta vez o trajecto escolhido foi Torre – Covão da Ametade, passando pelo Covão do Ferro, Covão da Mulher e Piornos/Penhas da Saúde.
À hora marcada, embarcámos com o equipamento habitual para caminhadas em altitude e preparados para o que “desse e viesse” como se costuma dizer. Chegados à Torre, e depois de uma ginjinha para aquecer os reactores, fez-se o habitual “check point” na delegação local da GNR, com informação do percurso previsto, troca de nºs de telemóvel e indicação de que deixávamos a nossa viatura para trás à sua guarda.
Na etapa inicial da caminhada, ainda havia neve suficiente para “tirar os três” a algumas “Goretex”, não apresentando dificuldade de maior e servindo também para o habitual ajustamento da carga às costas de cada um. É chocante para quem se aventura um pouco mais para o interior da serra, ver a quantidade de lixo, principalmente plásticos, garrafas e até fraldas, que se acumula devido à negligência e incúria dos turistas de fim-de-semana e que os ventos e as linhas de água se encarregam de espalhar por tudo quanto é sítio.
Fresquinhos que nem umas gaivotas, ajudados pelo desnível do terreno, depressa chegámos e atravessámos o Covão do Ferro, local ainda hoje usado para pastagens do gado, nomeadamente, ovelhas, cabras e vacas. Aliás é bem visível e sentida a presença destas últimas, devido às descargas intestinais de carácter semi-sólido espalhadas por toda a parte. Fácil é também perceber o porquê do nome, já que por todo o lado se encontram rochas com uma parte mais escura/avermelhada saliente devido aos ventos que ao provocar a erosão na parte mais mole da rocha destaca as zonas ferrosas mais duras.
Do Covão do Ferro ao Covão da Mulher é um saltinho ainda que a inclinação do trilho se acentue um pouco mais e a vegetação se torna mais abundante. Precisamente ao ali chegar (ao Covão da Mulher), depararmos com um paredão de barragem imponente, a sofrer obras de restauro e com a notícia de que as mulheres que tinham ficado em casa (pensávamos nós) se tinham juntado e estavam naquele preciso momento, a comemorar o seu dia num jantar à maneira… e nós ali a penar, mas, já diz o ditado, quem corre por gosto não cansa.
A noite já se fazia anunciar, e o trilho que faltava percorrer até ao programado local de pernoita era agora uma estrada de alcatrão fácil de seguir à fosca luz do anoitecer. Espantados ficámos com a beleza de alguns “chalés” por ali existentes, que levaram as nossas imaginações a voar alto, como que libertando-nos do peso que já se fazia sentir sobre as “Goretex”. O edifício abandonado e em ruínas do antigo teleférico, qual monstro escuro e ameaçador já se vislumbrava recortado num céu banhado pela Lua que rapidamente se colocava a pino.
À hora marcada, embarcámos com o equipamento habitual para caminhadas em altitude e preparados para o que “desse e viesse” como se costuma dizer. Chegados à Torre, e depois de uma ginjinha para aquecer os reactores, fez-se o habitual “check point” na delegação local da GNR, com informação do percurso previsto, troca de nºs de telemóvel e indicação de que deixávamos a nossa viatura para trás à sua guarda.
Na etapa inicial da caminhada, ainda havia neve suficiente para “tirar os três” a algumas “Goretex”, não apresentando dificuldade de maior e servindo também para o habitual ajustamento da carga às costas de cada um. É chocante para quem se aventura um pouco mais para o interior da serra, ver a quantidade de lixo, principalmente plásticos, garrafas e até fraldas, que se acumula devido à negligência e incúria dos turistas de fim-de-semana e que os ventos e as linhas de água se encarregam de espalhar por tudo quanto é sítio.
Fresquinhos que nem umas gaivotas, ajudados pelo desnível do terreno, depressa chegámos e atravessámos o Covão do Ferro, local ainda hoje usado para pastagens do gado, nomeadamente, ovelhas, cabras e vacas. Aliás é bem visível e sentida a presença destas últimas, devido às descargas intestinais de carácter semi-sólido espalhadas por toda a parte. Fácil é também perceber o porquê do nome, já que por todo o lado se encontram rochas com uma parte mais escura/avermelhada saliente devido aos ventos que ao provocar a erosão na parte mais mole da rocha destaca as zonas ferrosas mais duras.
Do Covão do Ferro ao Covão da Mulher é um saltinho ainda que a inclinação do trilho se acentue um pouco mais e a vegetação se torna mais abundante. Precisamente ao ali chegar (ao Covão da Mulher), depararmos com um paredão de barragem imponente, a sofrer obras de restauro e com a notícia de que as mulheres que tinham ficado em casa (pensávamos nós) se tinham juntado e estavam naquele preciso momento, a comemorar o seu dia num jantar à maneira… e nós ali a penar, mas, já diz o ditado, quem corre por gosto não cansa.
A noite já se fazia anunciar, e o trilho que faltava percorrer até ao programado local de pernoita era agora uma estrada de alcatrão fácil de seguir à fosca luz do anoitecer. Espantados ficámos com a beleza de alguns “chalés” por ali existentes, que levaram as nossas imaginações a voar alto, como que libertando-nos do peso que já se fazia sentir sobre as “Goretex”. O edifício abandonado e em ruínas do antigo teleférico, qual monstro escuro e ameaçador já se vislumbrava recortado num céu banhado pela Lua que rapidamente se colocava a pino.
Continua...
2 Comments:
Matos
A apreciar pelas imagens, bem como pelo texto, deve ter sido uma experiência maravilhosa.
Boa semana
Abraço
Admiro-te Carlos!
Isso é que é viver!
Beijinho*
Enviar um comentário
<< Home