Há alguns anos atrás (demasiados até) quando o PS era oposição, lembro-me do circo que montavam na época de incêndios, com números de toda a espécie (palhaços, trapezistas, malabaristas, e até alguns contorcionistas) e todos com um único objectivo: Atingir o governo que importava denegrir, até mais que as próprias matas. Qualquer meio servia para atingir os fins.
Ele era a falta de meios (quando o país estava literalmente a arder e não havia mãos a medir), era a falta de prevenção, era a falta de limpeza das matas, eram os meios aéreos, era a (des)coordenação da protecção civil, era… tudo e mais alguma coisa. Uma coisa verdadeiramente diabólica.
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Actualmente não, ele é bombeiros que nunca mais acabam, viaturas para dar e vender, aviões e helicópteros que até parece que estamos em guerra tal o movimento, corta-fogos de traçado geométrico que vistos do ar parecem os desenhos dos incas, matas limpinhas a perder de vista, centros de coordenação que parecem saídos de um filme de ficção científica, enfim, uma maravilha.
Os Srs. Ministros, secretários e afins, dão entrevistas dizendo que tudo está bem quando acaba bem, que não ardeu nem uma única casinha, muito discretos e quase como se nada se estivesse a passar, e no entanto:
O País está a arder, as notícias dão conta de casas e haveres ardidos (construções agrícolas, alfaias, animais, moinhos, etc.), pessoas que perderam tudo, veículos particulares e dos bombeiros consumidos, bombeiros que tragicamente perderam a vida, bombeiros que se queixam e debatem com falta de meios (homens e máquinas), meios aéreos que não aparecem, falta de acessos…
Ao fim e ao cabo, e na prática tudo parece estar na mesma, exceptuando uma coisinha; é que agora o PS não é oposição!
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