Dança da chuva
Um destes dias a água deixou de correr nas minhas torneiras. Pensei tratar-se de alguma anomalia na minha instalação, mas não, tinha acabado a água em Santiago de Cassurrães. Passado algum tempo a situação estava reposta graças à “procissão” de camiões cisternas da C.M.M. rumo ao depósito do Balteiro.
Se fosse no tempo “da outra senhora”, já choviam raios e coriscos, e a internet transbordava de críticas e acusações, emolduradas com fotos das ditas cisternas, sublinhadas por promessas e outras merdas… Porque não se resolveu, porque não se fez, etc. etc….
Ao invés, hoje assobia-se, olha-se para o outro lado, faz-se de conta… e a caravana continua a passar, igualzinha a outros tempos de cores diferentes.
Afinal o tempo é transversal a homens, partidos e a governos. Quando a seca desce à terra em altura de grandes consumos coincidentes com o pico do verão, nem Santo António nos acode.
Ou será que quem hoje está nos lugares de decisão, também descurou o problema da água e… claro que não, nem estes, nem os outros, porque afinal a situação mantem-se hoje como ontem.
Resta-nos fazer um pouco de “dança da chuva” , e entretanto poupar a água, esse bem tão precioso.
Etiquetas: Opinião
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