Pedro Pina Nóbrega (Arqueólogo e Historiador) e a ACAB (Associação Cultural Azurara de Beira) lançaram Sábado passado (24/05/2008) um novo livro sobre as terras de Azurara, intitulado "O actual concelho de Mangualde nas Memórias Paroquiais (1732-1758)".
Mais do que um livro trata-se de um documento histórico e rico em informação. Aqueles que gostam das coisas do passado, da história dos lugares e de perceber melhor como eram os lugares que agora habitamos nos idos anos de 1758, não o podem perder.
Por exemplo, sobre a minha aldeia/freguesia fiquei a saber entre outras coisas que:
- Era designada na altura por: "São Thiago de Cassurens";
- Fazia parte da "Província da Beira Bayxa" (segundo o abade da altura);
- Apenas existiam "7 lugares" (aldeias) e ainda não existia a povoação de Aldeia Nova nem de Santiago;
- O lugar que hoje designamos por Santo (onde se situa a Escola de Santiago) era na altura conhecida por "Aldeya da Igreja";
- Que a Igreja Paroquial tinha duas Torres (e não uma como actualmente);
- Que a disposição dos altares era bem diferente;
- Que já na altura existia a Irmandade do Menino, mas não a do Santíssimo;
- Na altura, como hoje, a Capela de Nossa Senhora de Cervães era descrita como "capella magistosa com grandeza e ornato" e escrevia-se "Servãins";
- E que por ali passava "hua extrada muito frequentada por dar pasagem para muitas terras".
Tudo isto descrito/relatado pelo Abade Agostinho Luís de Carvalho Freire e Vasconcellos, segundo o autor da obra, um dos que melhor descreveu a sua freguesia. Por tudo isto não posso deixar de dar os parabéns aos autores, mas também um grande bem haja ao referido abade.
(As passagens entre aspas e em itálico, são transcrições do referido livro)
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