O meu cantinho!...

Não sou Poeta, não sou Professor, não sou Engenheiro e muito menos Doutor. Sou alguém que aprendeu a ser o que é, porque um dia me disseram que na vida o que realmente importa é ser eu próprio, confiar nos sentimentos e respeitar o que nos rodeia, ...as pessoas e ...o Mundo!

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quinta-feira, dezembro 28, 2006

Passagem de Ano

Um dia William Shakespeare disse:

«Sabemos o que somos, mas não aquilo em que podemos transformar-nos.»

Foto de CMatos
Também assim acontece com o passar dos anos, sabemos como foi o que finda, mas não fazemos ideia de como será o que começa.
A minha esperança e desejo é que do lado de lá esteja um 2007 mais próspero, mais optimista e que acabe esta sensação de que por mais que esbracejemos, por mais que nos tentemos agarrar, continuamos a cair em direcção a um futuro escuro e incerto.

Pelo menos que a saúde não nos falte, a mim ... e a TODOS vós!

Cantares de Janeiras

Foto do Pedro Matos (Janeiras de 2005)

Como já vem sendo habitual, a Tuna Convívio de Santiago de Cassurrães promove no próximo dia 30 de Dezembro um encontro de cantares de janeiras, desta vez em Casal de Cima com a colaboração da Associação Cultural Recreativa e Ambiental desta aldeia.
Depois de já ter acontecido em Fundões, no Santo e em Contenças de Baixo chegou agora a vez de Casal de Cima receber este encontro de cantares tão próprio e característico destas regiões.
Haverá comes e bebes para aquecer a alma, uma grande fogueira para aquecer o ambiente e vários grupos mais ou menos conhecidos, mais ou menos profissionais que tudo farão para que você viva uma GRANDE NOITE de JANEIRAS.
Apareçam, é junto à sede da Associação no lugar da Laje, em Casal de Cima na Freguesia de Santiago pelas 21:00 horas já no próximo Sábado, 30 de Dezembro.

sábado, dezembro 23, 2006

Natal 2006

Foto, presépio e arranjos de CMatos
«A felicidade da vida consiste em ter sempre algo que fazer, alguém a quem amar e alguma coisa que esperar»
Thomas Chalmers

Para TODOS um SANTO e FELIZ NATAL
CMatos

sexta-feira, dezembro 22, 2006

4 Primos [2º Capítulo]

Passado o Poio Estrela (1931 metros) com uma vista de cortar a respiração sobre as lagoas “Serrano” e “Quelhas”, o trilho desce em direcção a estas O Picos em posesempre ladeando uma linha de água que serpenteia por entre urzes e penedos vencendo os declives em pequenas cascatas. Aqui, embrenhados na serra, o silêncio impera apenas entrecortado pelo vento e pelo marulhar das cascatas que vão engrossando à medida que nos vamos aproximando das lagoas, no entanto algo nos vai entristecendo num sentimento conjunto de revolta, e que me leva a deixar aqui e agora um apelo:
- Por favor, depois de fazer o fantástico e tradicional “sku” NÃO ABANDONE OS PLÁSTICOS que usou, guarde-os ou deposite-os no lixo (O plástico leva mais de 100 As pernas abertas não é pose... é para contrariar o vento!anos a decompor-se no mar, por exemplo).
Não imaginam a quantidade de lixo que é arrastado por estas linhas de água, e que fica depositado/preso nas pedras, arbustos e nas margens das lagoas: Plástico, pacotes, potes plásticos e de metal, bidões, restos de tecidos, calçado, e até, imagine-se, um colchão de espuma/esponja. É uma dor de alma.
Bom, o trilho leva-nos a ladear a Lagoa das Quelhas por uma nesga de terra que a separa da Lagoa dos Serranos mais a Poente, e a passar por cima de um pequeno Cá dentro sempre se está melhorparedão que represa as águas e que assim à vista desarmada parece prestes a desmoronar-se, para mais com as águas batidas pelo vento a baterem-nos nas botas. Já passava das 15:00 e o estômago começava a pedir intervenção, a procura de um lugar resguardado do vento não demorou muito e ainda com as águas à vista, a uns escassos metros do trilho, avistámos um pequeno abrigo de pastores não muito abrigado diga-se, mas com o sol a compensar. Aliviados das mochilas, recostados no seu interior, era hora de ingerir umas barritas energéticas, umas Forte e feio, mas acolhedorbolachas e líquidos quanto baste. O tempo urgia pelo que a paragem foi breve e rapidamente atingimos sem grandes sobressaltos o Covão Boeiro, o 1º de quatro, situado no início da chamada garganta de Loriga. Este trilho, como já anteriormente tinha referido percorre um vale glaciário entre a Torre e Loriga, mas contrariamente ao outro (Vale do Zêzere, desde o Covão da Ametade até Manteigas) é constituído por quatro grandes Covões em socalcos escavados pelo gelo, finalizando num típico vale em U já perto de Loriga. Este 1º Covão (o Boeiro) é percorrido por uma linha de água Vistas sempre deslumbranteslímpida e cristalina, (sem o lixo que já ficou lá no alto), em curvas sucessivas pelo meio de tufo verdinho que nós comparámos com a vista aérea do rio amazonas (à devida escala) que dará origem mais abaixo a uma outra lagoa (a maior das três).Sempre descendo, agora por um largo caminho chega-se ao Covão do Meio (1650 metros) totalmente ocupado pela Lagoa com o mesmo nome e uma particularidade que Para além de largo é fundo tambémdesconhecia-mos por completo. Daqui parte um túnel escavado à mão através de rocha maciça em direcção à Lagoa Comprida por onde escorre o excesso de água durante o Inverno e através do qual, no Verão, se procede à transferência da totalidade das águas ficando por aqui apenas o suficiente para manter o normal caudal da ribeira. Passando por cima desse verdadeiro “ralo” gigante temos um outro desafio, o trilho A cascata ao vivo é muito mais impressionanteestende-se por um passadiço suspenso sobre as água escuras da lagoa cravado na parede rochosa vertical, única passagem para o “outro lado” que, meio desconfiados, lá atravessamos. Na outra margem da Lagoa escorre uma grossa linha de água ao longo da, também, parede rochosa em sucessivas cascatas parecendo tratar-se de uma só ao longo de uns bons 100 metros que desperta em nós os mais variados comentários que se resumem talvez num única palavra: espectacular. Depois do passadiço, uma enorme escadaria que sobe por entre as rochas e logo outra a descer que nos leva ao grande paredão fazendo lembrar a Aguieira em miniatura. A meio do paredão sustemos a O que aconteceria a Loriga se isto rebentasse?respiração, a nascente uma enorme maça de água emparedada em altas ravinas de rocha, a poente um grandioso vale que nos leva o olhar até à Serra do Açor e não a mais longe, porque as nuvens já começavam a descer e a ameaçar uma noite pouco tranquila. Pouco passava das 16:00 horas…

(Continua)

segunda-feira, dezembro 18, 2006

4 Primos [1º Capítulo]

Eis o nosso motorista-fotógrafo
1 de Dezembro de 2006, 12:30 horas, 4 primos, mochilas a abarrotar, agasalhos quanto bastem, desejo de aventura, Serra de Estrela como objectivo, viatura com motorista (Pai de um e Tio dos restantes), gosto pela natureza e a adrenalina de uma caminhada em alta montanha em perspectiva, eram os condimentos à partida.
O objectivo: Percorrer parte do trilho T1 (Parque Natural da Serra da Estrela) entre Aqui os 4 maganos, prontos para a aventuraa Torre (1993 metros, ponto mais alto de Portugal Continental) e Loriga (770 metros, ao fundo de um dos dois Vales Glaciários da Estrela) com um desnível de 1223 metros.
Os boletins meteorológicos anunciavam chuva para a manhã do dia seguinte, mas lá no alto da Estrela nunca se sabe com o que contar, mesmo assim a vontade era muita e tudo estava preparado e devidamente acondicionado esperando o pior dos cenários.
Somos pequenos perante a imensidão da SerraA viagem começa sem sobressaltos em direcção à Torre via Seia. Aí e por obra do acaso tomámos a estrada da Senhora do Desterro em direcção à Lagoa Comprida. O dia estava lindo, quase limpo e com o Sol à espreita. A meio da subida surgem as recordações daquele dia de Agosto que por aquelas bandas estivemos à espera de um pelotão de ciclistas e mais uns quantos carros de publicidade que compunham a Volta Para aí não que o vento está contraa Portugal, devidamente acompanhados por um farto farnel e franco convívio. A subida em altura era proporcional à descida do termómetro que à chegada à Torre marcava uns míseros 4 graus. Nada que gorros, luvas e casacos não resolvessem. Feitos os derradeiros preparativos, tirada a foto da práche, e concluídas as despedidas de ocasião á que procurar o início do trilho com ajuda de mapa e bússola. Era ali entre duas pequenas torres feitas de um amontoado de pequenas pedras que começava.De joelhos e rente ao chão, o vento não parece tão ameaçador Os primeiros passos são essenciais para que a mochila acame às costas e se verifique se a escolha de meias e botas está à altura da dureza do trilho. O vento “cortava” o nariz, talvez a única protuberância do corpo exposto aos ares da serra, e ao fim dos primeiros metros já a bexiga me pregava a partida levando a que, à moda do bom Português, não fosse um mas sim dois ou três ainda com as instalações da Torre à vista fazendo com que cada um, quais engenheiros eólicos, tivesse de escolher o melhor ângulo entre a “civilização” e a força do vento para não molhar as botas…

(Continua)

sábado, dezembro 09, 2006

Dorminhocos...

Foto de CMatos (Silhueta)
Um em cada quatro europeus adormece no local de trabalho, com os irlandeses a dominarem esta tabela e os holandeses a melhor resistirem aos bocejos. Um inquérito indica que 24% dos que responderam admitem já ter adormecido na sua secretária, durante uma reunião ou mesmo na casa de banho; 39% dos inquiridos afirmam ter de fazer um esforço para se manterem acordados. “Longas jornadas de trabalho, tarefas rotineiras, reuniões prolongadas e muitas horas a olhar para o computador levam os trabalhadores europeus a adormecer”, dizem os responsáveis do estudo da Jobline and Monster Worldwide inc. Perto de 40% dos irlandeses afirmam adormecer no trabalho, geralmente sentados nas cadeiras, enquanto que 80% dos holandeses defendem que resistem a esta tentação. O inquérito foi feito em 14 países e responderam 21.500 pessoas.

Pelos resultados dificilmente terão entrevistado deputados e/ou parlamentares Portugueses, caso contrário estariamos bem na frente,... com certeza absoluta.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Cérebro de confiança?

Foto de CMatos (Arco-íris na Estrela)
As capacidades imensas do nosso cérebro estão sempre a surpreender-me. Utilizando alguns testes apercebemo-nos de que as informações/imagens que os olhos enviam para o cérebro podem ser interpretadas de diversas maneiras. O mesmo é dizer: o que os olhos vêm pode não corresponder de forma directa à interpretação do cérebro. Isto leva-me muitas vezes a pensar:
- Será que o mundo que nos rodeia, as cores, as formas, as pessoas, os lugares, … serão exactamente assim, tal qual os vemos? Ou tudo não passa de uma interpretação deformadora da realidade?

A prova é este pequeno texto constituído por uma amálgama de letras e números aparentemente sem sentido visto apenas com os olhos, mas que passa a fazer sentido se deixarmos que o cérebro assuma o controlo. Não acredita?
O texto começa assim: UM DIA DE VERÃO, … (o resto é com o cérebro)

3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314.
3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.
4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0.
C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!
S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0.

0 R3570 3 F3170 D3 4R314

Surpreendido? Veja neste blog outros casos semelhantes aqui e aqui.

domingo, dezembro 03, 2006

Pontos de vista

Aos pontos de vista de todos aqueles que deixaram opinião expressa no post anterior, acrescento aqui alguns mais, fazendo uma espécie de conclusão.

Desenho de CMatosSegundo um Instrutor de condução:
- O trajecto correcto é o C respeitando o nº2 do artigo 16.º do Código da Estrada. Questionado sobre o facto de ter de transpor/pisar um risco contínuo, a resposta sai na ponta da língua, “Neste caso não faz mal…”

Segundo um agente da GNR:
- Pela lei dever-se-ia optar pelo C mas… como temos o risco contínuo não se pode, sob pena de ficar sem carta já que pela alínea o) do artigo 146.º se incorre numa contra-ordenação muito grave. Assim à que optar pela B que é um mal menor. Diz ainda que foi dado às entidades competentes um determinado tempo para proceder às alterações quer das marcações da via, quer da forma das placas em si, só que na generalidade nada se fez!

Segundo um habitante local (que por ali passa muitas vezes):
- Definitivamente pela trajectória B.

Segundo o CMatos:
- Eu que o fazia seguindo o trajecto C desde que á meses a esposa tirou a carta, passei a usar a B a partir do dia em que falei com o tal habitante local, optando pelo mal menor.

É que, e segundo o tal habitante, há dias esteve por ali a BT (Brigada de Trânsito) a multar o povinho que optava por cumprir o artigo 16.º pisando o risco contínuo. Para além da multa, ficamos ainda sujeitos a uma condenação acessória que pode ir de 15 dias a dois meses de inibição de condução.
Resumindo, não sei se por culta da EP (Estradas de Portugal) se da CMM (Câmara Municipal de Mangualde) que não procederam em tempo útil à alteração da marcação da via, ao passar por ali ou por qualquer outro entroncamento semelhante pode ser multado quer opte por B ou C, pois em qualquer dos casos desrespeita o Código da Estrada. Só que a infracção na opção B é leve (ficando-se pela multa) e na opção C é muito grave, com todas as consequências para, por exemplo, quem já tem duas destas infracções.
Assim se se aperceber da presença da GNR ou BT nas proximidades, o melhor é parar, fazer um pouco de marcha atrás para sair da zona do entroncamento, fazer inversão de marcha e rumar a outras paragens,... pelo sim pelo não!

Nota – O caso é bem mais grave se alguém vier da Freixiosa e pretender virar para a Cunha Alta como diz e bem o azurara, é que se ao mesmo tempo alguém aparece seguindo a trajectória C pode dar num acidente feio! E depois quem terá a culpa? Infelizmente todos menos quem deveria ter tomado providências para evitar estas e muitas outras situações!