O meu cantinho!...

Não sou Poeta, não sou Professor, não sou Engenheiro e muito menos Doutor. Sou alguém que aprendeu a ser o que é, porque um dia me disseram que na vida o que realmente importa é ser eu próprio, confiar nos sentimentos e respeitar o que nos rodeia, ...as pessoas e ...o Mundo!

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domingo, outubro 29, 2006

O Cabelo que vem…

…da Índia.
Imagem da Net (Tirada do site Great Lengths)
Já me tinha perguntado como e de onde vêm os cabelos usados em perucas e extensões. Se bem que as perucas poderiam ser fabricadas de cabelo sintético, já as extensões dificilmente o seriam. Então de onde vem todo este cabelo?
Encontrei a resposta na revista Sábado (edição nº 130) num artigo intitulado “Cabelo que vem da Índia”. O artigo é algo longo, pelo que vou aqui fazer um pequeno mas esclarecedor resumo!

Todos os meses cerca de 12 milhões de mulheres indianas rapam os longos cabelos em homenagem a Vishnu, o deus hindu da protecção, em agradecimento pelo casamento, pelo nascimento de um filho ou a cura de uma doença. Esta é a 1ª etapa de um longo processo.
Cerca de 70 barbeiros que trabalham no templo Venkateshwara na zona sul da Índia, recebem cerca de 0,17 cêntimos de cada uma das 12 mil mulheres/dia que ali pagam para oferecer o seu cabelo. É o chamado “Cabelo do Templo” que segundo especialistas é o melhor que se pode comprar, sendo o das mulheres pobres o mais cobiçado por ser ainda “virgem” ou seja nunca ter sofrido agressões químicas como pinturas, ou físicas pela acção de secadores por exemplo. Estes cabelos são depois leiloados normalmente com uma periodicidade mensal, havendo quem encaixe com este negócio cerca de 10 milhões de € ano, e são vendidas toneladas dele a um preço não superior a 2,90 €/Kg.
Estes cabelos são levados pelos compradores para Bangalore (Capital Indiana da indústria e da tecnologia) onde mulheres seleccionam o cabelo á mão, fio a fio, agrupando-o em mechas de 200 fios cada, 7 dias por semana. Um quilo de gama alta, conhecido por cabelo “remy” é vendido a 400€ ao empresário Britânico David Gold, o maior produtor mundial de extensões de cabelo humano. O refugo segue para a China para o fabrico de bigodes, barbas e cabelos de homem, ou para extracção de aminoácidos, usados por exemplo na conservação de alimentos.
Depois de 15 a 20 dias em banhos descolorantes as mechas são banhadas por forma a obter uma das 50 cores disponíveis e aplicada a queratina (proteína natural do cabelo) ficando finalmente prontas a serem vendidas aos cabeleireiros Europeus e Americanos.
Cada aplicação destas extensões pode ultrapassar facilmente os mil euros, sendo este o preço médio que os distribuidores pagam a David Gold por cada quilo de cabelo e que equivale a 20 meses de salário na Índia. Resta dizer que a empresa deste senhor apresenta lucros de 50 milhões de euros/ano só com a venda de “Cabelo do Templo”.
Já agora, e para as interessadas dizer que para manter as extensões impecáveis, convém visitar o cabeleireiro uma vez por mês e ao fim de 3 meses substituí-las devido ao crescimento natural que afasta os pontos de união do couro cabeludo tornando-o feio e de difícil pentear. Deve ser tratado com champô, creme e máscara próprios para cabelos tratados quimicamente e usar uma escova de pêlo flexível.
Em Portugal o “Cabelo do Templo” está à venda em vários cabeleireiros, destacando os salões da Lúcia Piloto, Eduardo Beauté, Fátima Lopes, Marina Cruz e Moreno. Todos acessíveis portanto!

Resumindo, o cabelo que as Indianas têm de pagar para lho ser cortado a 0,17 cêntimos é, depois de escolhido e transformado, vendido a cerca de 1,000 euros (tomando por unidade de medida a cabeça), estando pelo meio o trabalho de escravo das próprias mulheres que 7 dias por semana, sem horários, sem contratos laborais e com vencimentos de miséria o escolhem e separam fio a fio. Os lucros desta indústria transformam-no, não “no negócio da china” mas no “negócio da Índia”.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Quebra-cabeças

Foto de CMatos (Sino da Igreja Matriz-Mangualde)
«Um senhor chegou a casa tarde e na altura de fechar a porta, ouviu o relógio da sala dar uma badalada. Não acendeu a luz para não acordar a esposa. Calculou que seria meia noite e meia ou uma hora. Deitou-se e daí a meia hora o relógio deu outra badalada. Talvez fosse uma hora ou uma e meia – pensou. Ainda não tinha adormecido quando o relógio deu nova badalada. “Só pode ser uma e meia” – pensou consigo próprio. Mas daí a meia hora, pela quarta vez, o relógio deu uma badalada. Então o homem convenceu-se que o relógio estava avariado e no dia seguinte levou-o ao relojoeiro. Mas a resposta do relojoeiro foi: “O relógio não tem avaria nenhuma”. O pobre homem pensou que estaria a ficar doido.»

Será capaz de ajudar a decifrar este mistério?

domingo, outubro 22, 2006

Água milagrosa

Foto de CMatos (Poço do Inferno - Serra da Estrela)
«Uma senhora foi queixar-se ao padre a respeito do marido. Era nervoso e irascível. Irritava-se por dá cá aquela palha, ameaçava sair de casa. Resumindo: não podia continuar assim. Queria um conselho.
O vigário ouviu atentamente aquela enxurrada de queixumes. Profundo conhecedor do povo, percebeu que o mal não estava só de um lado. O conselho e o remédio eram mais para ela do que para o marido:
- Tenho penha da senhora e do seu marido. Assim não pode continuar. Tenho aqui um remédio que é tiro e queda. Vou já buscá-lo.
O vigário foi à cozinha, encheu uma garrafa com água, benzeu-a e escreveu no rótulo: “Água milagrosa de São Geraldo”. Depois entregou-a à mulher, dizendo:
- Aqui está o santo remédio. Quando as coisas aquecerem em sua casa, tome logo um golo desta água. Mas não engula! Conserve-a na boca enquanto o seu marido estiver a gritar consigo. Verá que as brigas vão acabar.
A mulher agradeceu, despediu-se e saiu.
Passados alguns dias, ela voltou alegre e satisfeita:
- Sr. Vigário, o seu remédio foi infalível. As brigas em minha casa terminaram. Voltou a paz e a convivência. Nunca me deixe faltar esta água milagrosa!»

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Quantas e quantas vezes não deveríamos nós usar este remédio milagroso. Talvez assim os diálogos não descambassem tantas vezes em violentas discussões que mais tarde ou mais cedo levarão a rupturas bem dolorosas recheadas de arrependimento.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Nomes do dinheiro

Foto de CMatos (Anoitecer em Mangualde)
Um destes dias ouvia na telefonia o nosso ministro das finanças garantir “a pés juntos” que não ia aumentar os impostos. Após insistência do jornalista, o ministro Teixeira dos Santos chega a exaltar-se perguntando se não acredita no ministro, afirmando mais uma vez e veementemente que não irá subir os impostos. E este é o ministro que é empossado em 2005 sabendo que desde 2000 não entregava a declaração de rendimentos e património a que está obrigado (ele e todos nós). O que sabemos agora é que ele não mentiu não senhor, apenas não disse a verdade. De facto não subiram impostos directos (exceptuando talvez, em alguns casos, o IRS – é discutível) porque de resto subiu tudo o que havia para subir, arranjando até maneiras de pagarmos aquilo que até aqui não pagávamos, mas não são impostos esclareça-se, são taxas! Um pouco à semelhança do nosso primeiro, que em campanha afirmou não ir aumentar OS impostos e assim que lá chegou passou O Iva para 21%. Estão a ver a diferença… entre OS e O vai uma grande diferença. Portanto não mentiu, apenas não disse a verdade!
Num outro dia, oiço o ministro Manuel Pinho afirmar que “a crise acabou” (foi ele mesmo que disse e não o jornalista que disse que o ministro disse…), no entanto pouco depois veio dizer que foi mal interpretado, que o que queria dizer é que o país está a recuperar, os indicadores indicam… (pois que haviam eles de fazer se não indicar?) enfim uma trapalhada.
Recentemente, e face aos milionários lucros da EDP, chega-se à conclusão que é necessário aumentar a electricidade ao Zé Povinho… e porquê? Segundo o secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, porque "este défice tem de ser pago por quem o gerou". Não contente, disse ainda que apesar de ter admitido que o aumento do preço é elevado, "os custos são os custos". Esclarecedor de facto!
Ainda sobre isto (aumentos, pois de que mais havia ser) o ministro Manuel Pinho vem agora à estampa dizer que o governo vai tentar minorar a subida do preço, que considera muito elevado, … tentar pois claro! Há quem chame a isto “atirar com areia aos olhos dos portugueses”, mas não, acreditemos nos nossos políticos pois eles são dignos disso!

A conclusão a que chego é que na generalidade os políticos não mentem, apenas não dizem a verdade ou no-la escondem, o que para eles é uma grande diferença, mas para mim não passa da mesma m…da.

Para relaxar um bocadinho, e esquecer a confusão que reina no nosso querido Portugal, deixo-vos alguns nomes dados ao dinheiro conforme diversas ocasiões.

Para os…

Funcionários, vencimento;
Médicos, honorários;
Soldados, pré;
Empregados, ordenado;
Jornaleiros, salário;
Prestamistas, juro;
Queixosos, indemnização;
Beneméritos, legado;
Noivas, dote;
Accionistas, dividendo;
Magistrados, emolumentos;
Intermediários, comissão;
Autores, direitos;
Segurados, prémio;
Reformados, pensão;
Operários, féria;
Cobradores, cobrança;
Párocos, côngrua;
Comerciantes, lucro;
Serventes, gorjeta;
Herdeiros, herança;
Estado, impostos;

Eu ainda acrescentaria,

Lambões/preguiçosos, rendimento mínimo garantido.

segunda-feira, outubro 16, 2006

No Fontelo

Normalmente, quando vou a Viseu (sem ser em trabalho) o destino é quase sempre o Fórum ou as grandes superfícies comerciais, indo de cá para lá e de lá para cá mais ou menos ao sabor do vento, o mesmo será dizer ao sabor das lojas onde a esposa gosta de entrar, ou da existência ou não de miniaturas Hotweels, verdadeira paixão do meu filho. Desta vez, e porque se tratava de uma tarde solarenga decidi mudar de programa.
Enquanto esperava-mos pelo terminar de mais uma interminável reunião de Guias da AGP (Associação de Guias de Portugal - Semelhante ao Corpo Nacional de Escutas mas apenas para raparigas) na qual estava a esposa, consegui convencer o filhote a um passeio pelo Mata do Fontelo, com base na exploração do espaço e em possíveis aventuras em locais recônditos da mata ou na descoberta de uma mina abandonada... enfim, aquelas coisas que povoam a imaginação dos miúdos da idade do meu... e não só!
Assim calcorreámos durante cerca de duas horas (o tempo passou a voar) por caminhos, trilhos e ruas, a bela Mata do Fontelo. De tudo encontra-mos, desde pessoas a fazer o seu jogging, crianças a brincar num parque infantil todo modernaço, namoricos aqui e acolá, pessoas rodeadas pela natureza absorvidos pela leitura de um livro ou jornal, idosos simplesmente a passear, um jovem ciclista de btt mais arrojado que aparecendo do nada lá se dirigia a mais uma picada ou escadaria dando mais adrenalina ao seu "Down Hill", enfim praticamente de tudo, até um "Voyeur" quarentão escondido atrás de uma grande raiz a espreitar um par de namorados que ao ver-se descoberto, ficou com a cara como um tomate vermelho. Entretanto fui registando alguns dos lugares e pormenores que...

(Um trio de Medronhos, bem madurinhos)

Foto de CMatos (Um tronco muito "suigéneris")

Foto de CMatos (Outro que não fica atrás)

Foto de CMatos ("Túneis" naturais estupendos)

Foto de CMatos (E até uma capelinha, a pedir alguns momentos de refleção)

Foto de CMatos

... me foram saltando à vista. Existem por lá também alguns Pavões que circulam livremente passeando as suas belas caudas (que eu não consegui fotografar) e muitas e variadas espécies de aves que misturando os seus sons aos do marulhar das árvores ao sabor do vento, abafam completamente o ruído da cidade.

E foi neste ambiente, sentado num penedo observando as brincadeiras do meu rapaz que se ia divertindo a atirar bolotas e a testar alguns equipamentos do circuito de manutenção, que uma pergunta me assaltou a mente: Porquê a "nossa" Mata dos Condes não estar assim, arranjadinha e aberta ao público?

quinta-feira, outubro 12, 2006

"Elefante Branco"

Foto de CMatos
É comum ouvir dizer-se que muitos dos estádios que se construíram para o Euro 2004 são "elefantes brancos", que esta ou aquela organização construiu algo que se tornará num "elefante branco", que determinada compra poder-se-á tornar num grande "elefante branco",... E porquê? Porque "elefante branco" é uma expressão que se usa para designar grandes empresas ou empreendimentos que ao invés de lucro só dão prejuízo.
Este conceito é do conhecimento geral (penso eu), mas o que esteve na origem desta associação "elefante branco" – prejuízo, é que eu não sabia, e como poderá haver por aí mais "eus" aqui fica a justificação:

Esta designação tem origem no facto de antigamente o Rei de Sião ter por hábito oferecer um elefante branco àqueles dos seus cortesãos que pretendia arruinar. Como o elefante branco era considerado um animal sagrado, quem o recebia não tinha direito de se desfazer dele de maneira nenhuma. Assim, a despesa com a manutenção do enorme e inútil animal era suficiente para comprometer a fortuna mais sólida.

Et voilà! Como não tenho nenhuma foto de um bicho desses, nem nunca vi nenhum (branco claro, porque cinzentos há muitos por aí!), deixo-vos na companhia de uma linda e simpática Vaquinha... Branca. E reparem no lindo par de brinquinhos dela, um dia destes (daqui a uns anitos) ainda os poderemos ver no NEOARQUEO do amigo TSFM, provando que afinal "antigamente" não eram só as mulheres (e alguns homens) que os usavam. E assim "rezará" a história...

segunda-feira, outubro 09, 2006

A evolução do ensino…

Foto CMatos (Uma bandeira no topo da Estrela)
Até vem a propósito, agora que se tem falado tanto (e tão pouco ao mesmo tempo) sobre o ensino em Portugal, envolvendo professores, alunos e pais, já para não falar na esbatida e cansada figura de uma senhora que por acaso até é ministra,... descobri ao folhear um almanaque as linhas que se seguem as quais descrevem a evolução do ensino em Portugal ao longo dos anos!
Então cá vai:

ENSINO NOS ANOS 50
Um camponês vendeu um saco de batatas por 50 escudos. As suas despesas de produção foram iguais a 4/5 do preço de venda.
Qual foi o seu lucro?

ENSINO TRADICIONAL, ANOS 60
Um camponês vendeu um saco de batatas por 50 escudos. As suas despesas de produção foram iguais a 4/5 do preço de venda, ou seja foram de 40 escudos.
Qual foi o seu lucro?

ENSINO MODERNO, ANOS 70
Um camponês troca um conjunto B de batatas por um conjunto M de moedas. O cardinal do conjunto M é de 100 e cada elemento de M vale 1 escudo.
Desenha o diagrama de venda do conjunto M com 100 pontos que representem os elementos desse conjunto. O conjunto C de custos de produção tem menos 20 elementos do que o conjunto M.
Representa C como subconjunto de M e escreve a vermelho o cardinal do conjunto L do lucro.

ENSINO RENOVADO, 1980
Um camponês vendeu um saco de batatas por 50 unidades monetárias. Os custos de produção elevam-se a 40 unidades e o lucro é de 10 unidades.
Trabalho a realizar: sublinha a palavra “batatas” e discute-a com a/o teu colega de carteira.

ENSINO REFORMADO, 2007
Um campunês recebeu um subssídio de 25 euros para purdusir um caço de batátas o cual vendeo por 50 euros e gastou 40 euros.
Analiza o teisto do iserçicio e em ceguida dis o que penças désta maneira de henriquesser.

Conclusões?... Não são necessárias!

quinta-feira, outubro 05, 2006

A tartaruga e o tempo!

Foto do CMatos (My sweet home)
“Certa vez um viandante, surpreendido pela noite e cansado de tanto peregrinar, resolveu parar para dormir. Era uma noite muito escura, sem estrelas. O lugar era deserto e inóspito.
Por sorte, encontrou um pequeno espaço, limpo e liso. Estendeu uma coberta e ali se deixou ficar. Dormiu como uma pedra, de tão exausto que estava.
Quando despertou, era dia claro. Olhou em redor e notou que estava em outra região, completamente estranha. Cheio de espanto, reparou no lugar que lhe servia de cama. Era o costado de uma gigantesca tartaruga, que havia caminhado lentamente durante a noite. Nem ele percebeu nada, devido ao sono profundo, e nem ela notou o aumento de peso na sua imensa carapaça.”
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A tartaruga é como o tempo que vai passando e nos aproxima do final da nossa vida terrena. Mesmo sem nos apercebermos, o tempo vai caminhando como a tartaruga em cuja carapaça muitas vezes nos deixamos dormir.
Hoje, feriado, a tartaruga levou-me a tratar do jardim, a assar uns carapauzinhos para o almoço, ao "Mangualde Insuflável" no Pavilhão Municipal e a ver um jogo da Taça de Mérito (da associação de futebol de Viseu) entre o G. D. Mangualde e o Santiago de Cassurrães no Estádio Municipal, cujo resultado foi 6-0 a favor do GDM... buááááá, e para finalizar prostrou-me em frente ao computador... bom, mas agora vou mesmo dormir... e não é na tartaruga, é na minha caminha!

terça-feira, outubro 03, 2006

Comentário ou Desabafo?

Foto de CMatos (Outono)
Hoje (02 de Outubro de 2006) foi colocado um comentário ao meu post "Queimada Viva!" de 11 de Fevereiro de 2006, que me deixou muito sobressaltado e perturbado... Porquê? Leiam o comentário que aqui reproduzo na íntegra!

«eu tou ler o livro para apresentarmos eu e uma amiga na disciplina de portugues... foi a minha amiga k disse k este livro era bom. entao eu komprei mas x fossem ver o meu livro iriam enkontrar em mts paginas marcaxoes de bolinhas k nao têm a mesma kor k as paginas...e sabem o k isso é?!...sao a marcaçao das minhas lagrimas k eu nao konsegui prender dentro dos olhos e akabram por molhar o meu livro. mas msm axim inda tou na pagina 30 e tal...e inda nao xeguei a parte mais horrivel...kuando ela e keimada...tb a maneira dela dizer komo e k o pai dela lhe batia faz-m lembrar os meus...mas eu ka vivo em portugal por exemplo agr a minha mae akabou d me bater de cinto inda tenho as marcas na minhas costas e nas minhas pernas a arder pus gelo as escondidas para ver x a dor abrandava mas ta dificil...e para foxex verem komo estas cenas horriveis nao x paxam so as mulheres dakela raxa...mas em td o mundo. kando tiverem filhos ou mesmo x ja tiverm nao lhes batao a sempre uma maneira de os ensinar e tentem perguntar o k eles sentem pk estao triste kando xegam a casa kom uma kara mais notavel (pela negativa)...pensem no k vox disse...xau
p.s nao m vou identificar nao ppk tenho vergonha mas xim k nao tenham pena d mim pk os meus pais na m batem komo os da Souad na tem nd a ver...eles tb so m batem pa i d mes a mes=) bejinhos»

O negrito foi colocado por mim, para que quem não tiver pachorra (???) para ler tudo, pelo menos leia essas partes. É um testemunho impressionante e terrível de quem, nos dias de hoje, sente na pele a violência doméstica, muitas vezes gratuita, e que poderá "morar" mesmo ao nosso lado sem que disso demos conta. Chamo especial atenção ao pedido/alerta deste(a) jovem quando diz: «...kando tiverem filhos ou mesmo x ja tiverm nao lhes batao a sempre uma maneira de os ensinar e tentem perguntar o k eles sentem pk estao triste...»

Este comentário foi colocado como anónimo, e não tenho qualquer possibilidade de aferir da sua autenticidade, no entanto também não tenho motivo para duvidar da sua veracidade, pelo que permite que te diga que vai uma grande diferença entre educar e violência, e nem sequer a sua periodicidade (seja ela de mes a mes ou de ano a ano) a justificam. Hoje existem meios ao teu dispor para denunciares estas situações, para que te ajudem, ajudando também os teus pais! Usa-os e transforma a tua vida... Um abraço apertado e um beijinho terno... de TODOS NÓS!