O meu cantinho!...

Não sou Poeta, não sou Professor, não sou Engenheiro e muito menos Doutor. Sou alguém que aprendeu a ser o que é, porque um dia me disseram que na vida o que realmente importa é ser eu próprio, confiar nos sentimentos e respeitar o que nos rodeia, ...as pessoas e ...o Mundo!

(Não é permitida a duplicação de partes ou da totalidade deste site sem a permissão do WebMaster)

» Ver dados pessoais «

sexta-feira, outubro 28, 2005

Ser Solidário

Foto de CMatosVivemos numa sociedade de consumo, onde parece ser melhor aquele que mais tem, que mais mostra, que mais gasta...
Será importante ter sucesso na vida, não ter problemas de dinheiro, passar boas férias.., se viramos a cara quando passamos por um mendigo que nos estende a mão? Se ficamos indiferentes ao ver nos noticiários velhos a «viver» em barracas em condições desumanas? Se mudamos de canal quando estamos a jantar e passam imagens de crianças desnudas e desnutridas nos países de 3º mundo?
É verdade que pouco podemos fazer para inverter a situação em que o mundo se encontra, mas podemos ser solidários com o pequeno mundo que nos rodeia, um mundo menor que se cinge ao nosso campo de acção no dia a dia... E que mundo tão vasto esse...
Desde muito pequenas que as crianças, nas suas brincadeiras, são ensinadas a dar e não a tirar, quando brincam com os seus e os brinquedos dos outros. Muito mais importante do que ter é SER. Os amigos verdadeiros amam-nos pelo que somos, não pelo que temos. Não amamos nós, aquele amigo que nada tem, mas TUDO É?
Para quê deitar fora aquela roupa que já não usamos, e que está praticamente nova, quando há pessoas na nossa Paróquia a passar frio? Porquê fazer um jantar com três pratos principais quando, no mesmo dia, negámos um prato de sopa a alguém que tinha fome? Porquê colocar o lixo todo no mesmo saco, por preguiça, aniquilando o processo de reciclagem, que contribui para um mundo melhor? Porquê recusar levar alguém a casa porque gastamos gasolina?
No é necessário canalizar o nosso ordenado ou a nossa mesada para os pobres. O «serviço» que podemos prestar à sociedade é vasto e o verdadeiro sacrifício nem sempre é «dar dinheiro», embora o seja, por vezes.
É solidário aquele que trabalha como voluntário numa associação de solidariedade social uma ou duas vezes por semana, sem receber nada; é solidário aquele que procura alegrar uma tarde de um Lar de Idosos ou de um Jardim-de-infância; é solidário aquele que encaminha um jovem desconhecido para um Centro de Recuperação para Toxicodependentes; é solidário aquele que socorre um mendigo embriagado caído no chão e chama a ambulância; é solidário aquele que ouve os desabafos arrependidos de alguém que errou muito na vida, sem o julgar; é solidário aquele que perdoa; é solidário aquele que pensa sempre no próximo, antes de si mesmo.

Extracto de um texto publicado na revista Flor de Lis por Xana Almeida

quarta-feira, outubro 26, 2005

Mães Más!

Foto de CMatos - Dedicada à minha Mãe, à Mãe do meu filho, e a todas as Mães do mundo
Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

- Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

- Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado, ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tirámos isto ontem e queríamos pagar”.

- Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

- Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má, os meus filhos vão lhes dizer:

Sim, a nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós tinhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia para que lhe disséssemos com quem iamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre connosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, apenas com 12 anos, nós tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava-se para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência.

- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em actos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA!

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos «PAIS MAUS», como a minha mãe foi. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!
(Dr. Carlos Hecktheuer, Médico Psiquiatra)


O texto transcrito, foi publicado por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas – Brasil.
Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.

sábado, outubro 22, 2005

As lágrimas.

E depois de um post sobre o aborto e seu referendo, nada melhor que uma reflexão sobre as Lágrimas e a Família.Foto de CMatos“As lágrimas mostram quem tu és nos momentos mais intensos. Deixa que a tua família seja um lugar onde as lágrimas possam também ter lugar. Deixa que elas te tragam de novo, a paz, a tranquilidade ... e o carinho dos teus familiares.”

Triste sina a nossa.

O País está suspenso, até se saber se hà ou não referendo ao aborto. Eu cá por mim acho que esta brincadeira do referendo já é um aborto. Primeiro o Governo diz que não se aprova a lei sem que haja um aborto (leia-se referendo), depois face a um parecer do TC que poderá ser desfavorável (tudo o indica) deixa a entender que poderá aprovar a lei na assembleia sem referendo. Então em que é que ficamos, o circo vai ter leões ou ficamos só com gatinhos?
Para mim a questão é simples! Referendar? Para quê? Já se fez um, lembram-se? E venceu o NÃO!
O que é que mudou de então para cá? O processo gestacional (desde a formação do espermatozoide até ao nascimento do bebé) continua o mesmo, o desenvolvimento do feto é conhecido à séculos. O que é que mudou então homens iluminados?
Está mais que visto, que, a não ser que vença o SIM, vamos andar a referendar dia sim, dia não. Esta é a mais pura verdade (tal como num eleição para uma qualquer câmara, hoje perdi, daqui a 4 anos tento outra vez). Então para quê o referendo, para gastar dinheiro, para ficarem bem vistos, para lançar poeira para o ar, para desviar as atenções? Não têm a maioria? Aprovem lá a lei e ASSUMAM-NO. O Sr. Sócrates QUER, PODE E MANDA, então do que está à espera? Triste sina a nossa...

terça-feira, outubro 18, 2005

A água!


Agora que estão passadas as eleições (é que antes poderia haver muita confusão e diferentes interpretações), permitam que vos fale de uma situação algo caricata, que acontece lá para as minhas bandas.
Antes, quero aqui publicamente enaltecer aqueles que diariamente (7 dias por semana) tudo têm feito para minimizar a falta de água na Freguesia de Santiago de Cassurrães, mais concretamente em Santiago, Cassurrães, Casal Mundinho e especialmente no local da Senhora de Cervães.
Posto isto, passo a explicar: Eu vivo na Sr.ª de Cervães, um pouco abaixo pronto. Antigamente (até à dois anos atrás), não havia depósito de águas (ou melhor havia, mas não era utilizado, porque faltava uma bomba, que afinal estava comprada, mas alguém não autorizava que se colocasse a funcionar, … adiante) e então a água era bombeada de Santiago para cima. Como o motor existente não tinha potência suficiente a água só chegava a minha casa quando o povinho fechava as torneiras e mesmo assim sem qualquer pressão, o que me obrigou a engendrar um sistema com depósito e motor eléctrico na cave, para que, por exemplo, o esquentador acendesse. Nas alturas de seca então, não chegava lá nenhuma.
Fez-se pressão, barafustámos na Junta de então (eu e os vizinhos, padecentes de igual maleita) luta para aqui, luta para além e… lá se fizeram as obras que possibilitaram pôr o depósito a receber água e por gravidade abastecer as casas. No entanto foram alertadas as entidades competentes (Junta e Câmara) para a necessidade de se proceder à instalação de válvulas retentoras ou outros dispositivos, para que, devido ao elevado desnível, não houvesse desigualdade entre os de “cima” e os de “baixo”, ficando uns sem nada (os de cima) e outros com tudo (os de baixo, cuja pressão é tanta que provoca o rebentamento de torneiras). Não nos ligaram “pevas”, e agora o que acontece?
Pois bem, o poço secou, e diariamente passam camiões da CMM com milhares de litros de água para o depósito, a água por gravidade, desce pelas tubagens a toda a velocidade, passa (TODA) à minha porta, mas enquanto houver tubos para encher e torneiras a verter em Santiago e C.Mundinho, eu abro a minha torneira e ela parece um autentico aspirador, … quando finalmente (lá para a meia-noite) as pessoas fecham as torneiras, deixam de lavar os carritos, de regar os jardins e relvadozitos, e alguns até encher Lagares (diz-se!...) a água lá começa a subir na tubagem, e então a minha torneira, qual compressor cospe ventanias com reflexos óbvios no contador (resta saber na diferença entre o que entra e sai, quem se vai lixar, … presumo que sabem a resposta!). E no entanto à quem se gabe de nunca ter tido falta de água (os de baixo claro), enquanto que nós é muito raro ter água nas torneiras, e o mais desesperante é que ela passa todinha por ali, faz lembrar um antigo reclame publicitário que dizia mais ou menos isto «Gasolina mal precisam, oficina nem falar, … e nós a vê-los passar.». Já lá vão dois anos assim e não há perspectivas de melhorar, então em alturas de seca, são dias e dias a penar.
Deixo uma pergunta. Será que não há solução(ões) para o problema? Será necessário partir para o disparate e … penso que não, quero crer que não.

sábado, outubro 15, 2005

K

E eis que dois meses depois da abertura (meados de Agosto a meados de Outubro) o número de visitas a"o meu cantinho" ultrapassa as K (mil). É bom saber que vão passando por cá, ainda sabendo que chegam a 100 e saem a 200, quais condutores de F1,... e que metade das visitas é feita... por mim!Foto e Criação de CMatosA todos aqueles que se dão ao trabalho de por aqui passar (ainda que por engano ou descuido), especialmente aos que me presenteiam com pequenas palavras, aqui deixo um público obrigado ou um obrigado público.
Nota - o F1 da foto, foi construido por mim e pelo meu filho, numa só tarde algures na Costa Vicentina em 2003. Durante a noite alguem mo "surripiou", e nunca mais o vi! Vejo (quase) todas as provas da modalidade, na expectativa de um dia o ver na grelha de partida com um qualquer piloto Português aos comandos, mas até hoje "népia". Se alguem o vir por aí, por favor contactar "O meu cantinho!". Obrigado.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Carinho

“O carinho com que as pessoas se tratam, toca bem fundo no nosso coração. Usa e abusa dos pequenos abraços, dos beijos de boa noite, dos gestos de ternura. Tocar pode ser uma forma de dizer «Eu amo-te» de maneira diferente.”

quarta-feira, outubro 12, 2005

ECE - Em Caso de Emergência

Recebi esta informação via E-Mail, e como me parece credível e útil, decidi divulgar.

Comunicado dos Bombeiros Voluntários de Albufeira
Os Bombeiros Voluntários de Albufeira criaram um sistema original de apoio às vítimas em caso de acidente. Os Bombeiros recorrerão ao telemóvel da vítima para a conseguir identificar. Você pode tornar o trabalho dos Bombeiros mais fácil usando uma ideia simples ao adoptar - ECE
ECE significa Em Caso Emergência. Se você acrescentar na lista de contactos do seu telemóvel ECE, com o número da pessoa que Em Caso Emergência deve ser contactada, você não só poupa imenso tempo aos Bombeiros como tem os seus familiares a par da situação imediatamente.
Os Bombeiros de Albufeira - e com divulgação a todos os outros - sabem o que significa ECE, e Em Caso de Emergência procuram de imediato esse nome nos contactos do seu telemóvel. Adicione ECE à sua lista de contactos, Já!
Por favor passe esta informação.
12 de Outubro de 2005
Obrigado
É muito fácil, e eu, pelo sim e pelo não, já adicionei um contacto ECE no meu telemóvel. Não se perde nada por isso.

terça-feira, outubro 11, 2005

Olhar a natureza.

Foto de CMatos“Presta mais atenção àquilo que te rodeia, observando as maravilhas da criação; e ajuda os outros a descobri-las: o enredo delicado de uma teia de aranha, a graça de uma flor, a tenacidade de um insecto.
A admiração que brota espontânea desses momentos é uma verdadeira homenagem à mãe natureza.”

sexta-feira, outubro 07, 2005

O imprevisto.

“Aceita os acontecimentos com naturalidade, mesmo aqueles de que não estavas à espera. O imprevisto encerra, por vezes, os mais belos presentes da vida.”

segunda-feira, outubro 03, 2005

Setembro...

... já passou, mas não deixa de ser... Foto de CMatos

S audade

E ternidade

T ranquilidade

E spanto

M ar

B risa

R iso

O utono


Setembro é um mês especial e fantástico. Os dias abafados dão lugar ás brisas suaves, os tons amarelos e secos passam a castanhos e rubros quentes, sente-se no ar um aroma de saudade e um cheiro intenso a esperança, a natureza despe-se sem preconceitos ficando orgulhosamente nua. É (normalmente) em Setembro, que a minha vida agitada dá lugar á tranquilidade de uns dias em Paz, o mar embala-me os pensamentos e proporciona a cada olhar um espanto constante pelas suas formas e cores. É em Setembro que os dias são mais cheios, que a vida é de facto em família, que a contemplação da “minha metade” e da “minha extensão” me coloca no rosto um sorriso mais aberto. É em Setembro que começa um ciclo novo, aquele que me levará… ao próximo Setembro.

Este post é dedicado a duas pessoas, que tal como Setembro, me despertam Saudade, Tranquilidade, Sorrisos e sobre tudo... Amor.